O sono tem como propósito o repouso do corpo; o Espírito, contudo, não precisa de repousar. Enquanto os sentidos físicos se sentem entorpecidos, a alma desprende-se, em parte, da matéria. O sono foi dado ao homem para reparação das forças orgânicas e também para dar forças morais.
Enquanto o corpo recupera os elementos que perdeu, efeito da atividade da vigília, o Espírito vai retemperar-se entre os outros Espíritos. Haure, no que vê, no que ouve e nos conselhos que lhe dão, idéias que, ao despertar, lhe surgem em estado de intuição. É a volta temporária do exilado à sua verdadeira pátria. É o prisioneiro restituído por momentos à liberdade.
Mas, como se dá com o presidiário perverso, acontece que nem sempre o Espírito aproveita essa hora de liberdade. Se conserva instintos maus, em vez de procurar a companhia de Espíritos bons, procure a dos seus mais próximos e vai visitar os lugares onde possa ser livre.