Superação pessoal, determinação, coragem. Estas são apenas algumas características da pessoa resiliente. Mas o que é a resiliência? A resiliência faz com que uma pessoa supere os desafios impostos pela vida, e, sobretudo, se supere a si própria.
A procura da felicidade e da realização pessoal ficam facilitadas quando conseguimos olhar para os desafios e situações que nos põem à prova de modo positivo e otimista. Se, pelo contrário, ficamos presos em pensamentos ruminantes e negativos, se não conseguimos encontrar um caminho saudável para resolver os problemas e o nosso Ser é engolido por eles. Vamos sempre a tempo de mudar a nossa programação mental e retornar a um estado de equilíbrio.
Por vezes, as nossas circunstâncias pessoais dizem-nos que está na altura de mudar. Que, por qualquer motivo, o nosso caminho vai tomar um novo rumo. Que certo projeto de vida ou a presença de determinada pessoa deixou de fazer sentido na nossa vida. Saber interpretar esses sinais, aceitar a mudança, lidar com a perda e deixar que a vida flua pode ser a melhor alternativa.
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A pessoa resiliente tem a capacidade de resistir à adversidade, mesmo que isso exija um grande esforço pessoal. Para certas pessoas, esta é uma característica pessoal. Contudo, para outras, exige acompanhamento profissional e treino.
Independentemente disso, todos podemos desenvolver estratégias que nos tragam quietude e aceitação face a situações da vida que, sendo negativas, são inevitáveis. Aliás, luto, perda do emprego, divórcio, são apenas algumas das situações com que precisamos de aprender a lidar sem deixar que afetem a nossa auto-estima e as restantes esferas da nossa vida.
Segundo os especialistas, alguns hábitos podem ajudar-nos a desenvolver a resiliência:
A pessoa resiliente domina as emoções em vez de ser deixar dominar por elas. Em situações de pressão, de grande ansiedade e stress, consegue manter a serenidade e preservar o seu bem-estar emocional e o das pessoas que a rodeiam.
“Somos donos do que calamos e escravos do que falamos.” Este ditado popular espelha bem a sensação de arrependimento de dizermos algo impulsivamente para logo nos arrependermos. Em situações difíceis é preferível controlar os impulsos para não perder o foco e agravar o conflito.
A pessoa resiliente acredita que é possível mudar para melhor. Que é possível controlar o destino da sua vida mesmo quando não tem poder de decisão. Por isso, para além da esperança, manter uma atitude mental positiva reflete-se na nossa auto-estima e na capacidade de nos motivarmos a nós próprios para seguir em frente.
A pessoa resiliente não se foca no problema, mas nas suas causas. Só assim é possível “descascar” a situação e resolver todas as possíveis circunstâncias que estão na sua origem. Passo a passo.
Saber “colocar-se no lugar do outro” é essencial na construção de relações saudáveis e compensatórias. Seja em família, no emprego ou no ciclo de amigos. Compreender as emoções e os sentimentos das outras pessoas permite-nos ajustar o nosso próprio comportamento e respeitar as circunstâncias dos outros.
A pessoa resiliente toma decisões e procura soluções tendo em conta as suas metas. Ao longo do percurso podem surgir dificuldades e desvios, mas, o que realmente importa, é manter o foco no fim do caminho e acreditar que temos os recursos internos para alcançar os nossos objetivos. Com isto em mente, torna-se mais suportável lidar com certas situações.
Somos seres eminentemente sociais. Até mesmo as pessoas introvertidas procuram, em algum momento, a companhia de outras pessoas. Portanto, as redes de apoio também fazem parte da resiliência e podem surgir em determinadas situações específicas.
Por exemplo, uma mãe pela primeira vez que não tem família próxima de si, pode encontrar o suporte de que necessita para ultrapassar as dúvidas e anseios iniciais numa rede de apoio formada por outras mulheres que estão a passar pela mesma situação.