A terapia tântrica procura aumentar o auto-conhecimento, a sensibilidade individual e, assim, intensificar a relação emocional e o prazer sexual do casal. A ligação aos nossos próprios sentimentos, o conhecimento das nossas necessidades mais íntimas, o equilíbrio das nossas energias internas permite atrair as situações que queremos para a nossa vida.
A terapia tântrica tem várias técnicas como o treino da respiração, massagens ou meditação. Assim, esta técnica ultrapassa o prazer sensual ao permitir elevar os momentos íntimos para uma experiência espiritual.
Para além do prazer sexual, estar alinhado com as emoções do parceiro e saber reconhecer as nossas próprias emoções, é um convite para mais e melhor satisfação. Da mente e do corpo. Mais prazer significa libertação de mais hormonas, em particular da oxitocina, também conhecida como a hormona do amor.
Num talk show norte-americano, como resposta ao pedido do anfitrião James Lipton para que explicasse a sua afirmação sobre “sete horas de sexo tântrico” com a mulher, o conhecido artista Sting respondeu “A ideia do sexo tântrico é um ato espiritual. Não conheço outra forma melhor ou mais pura de expressar o amor por outra pessoa do que partilhar esse maravilhoso (eu chamo-lhe) sacramento”.
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A terapia tântrica pretende elevar a consciência de nós mesmos. Depois de nos conseguirmos ligar aos nossos próprios sentimentos, àquilo que nos faz felizes, estamos preparados para perceber como interpretar as necessidades do nosso parceiro e potenciar ao máximo a relação de intimidade. Assim, pode ou não, envolver contacto sexual.
Por outro lado, algumas massagens tântricas, por exemplo, também ajudam a tonificar e fortalecer os músculos genitais da mulher e do homem. Em conjunto, tudo contribui para relações sexuais mais satisfatórias para ambos.
Equilíbrio. Aceitação. Energia positiva. Tudo isto são emoções/sensações trabalhadas pela terapia tântrica. Quando estamos em harmonia com o nosso Ser e nos aceitamos tal como somos, há uma série de complicações – que também afetam, ou podem afetar, a vida sexual – que são resolvidas.
Os transtornos sexuais resultam de equivocos sobre a sexualidade. Ausência de prazer, orgasmos pouco satisfatórios, ejaculação precoce, impotência masculina, alteração no desejo sexual, vaginismo, masturbação compulsiva, … Estas são algumas disfunções sexuais que afetam e condicionam a forma como mulheres e homens expressam a sua sexualidade.
Compreender como funciona o nosso corpo, potenciar a forma como responde aos estímulos físicos e elevar o nível de consciência são algumas estratégias que permitem melhorar o nível de satisfação sexual. O prazer transcende o orgasmo. Nasce na nossa mente. Na imaginação, na fantasia. No modo como nos relacionamos com o nosso corpo e no modo como exploramos o corpo do outro.
A terapia tântrica vai muito para além do prazer carnal. Quando o casal se redescobre em conjunto, consegue encontrar novas formas de viver e expressar o prazer. A intimidade atinge níveis superiores onde o encontro dos dois, a cumplicidade e o prazer do toque, os diferentes estímulos físicos proporcionam novos níveis de prazer.
Por tudo isto, a terapia tântrica é mais do que prazer. É uma estratégia que permite lidar com questões como disfunções sexuais, baixa auto-estima e problemas psicológicos.
Para certas pessoas, lidar com o seu corpo, por exemplo, não lhes permite gozar em pleno a sua sexualidade. Nestes casos, a terapia tântrica permite trabalhar a auto-aceitação. Ao fazê-lo, a relação connosco e com os outros ganha.
Quando nos sentimos bem connosco, com o nosso corpo e com a forma como sentimos a nossa sexualidade, ganhamos em todos os sentidos. Ganhamos prazer, sabemos como dar prazer e aceitamo-nos tal e qual como somos.