Primavera: época de renovação espiritual

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O Equinócio da Primavera acontece, este ano, a 20 de março, no Hemisfério Norte. Tem início um período de renovação, física e espiritual.

A Primavera, um período que marca um recomeço da vida na Terra, uma renovação espiritual e um renascimento de vários ciclos, incluindo o do Zodíaco. Para os antigos povos celtas, o Equinócio da Primavera, chamava-se Rito de Ostara – um ritual de fertilidade que celebra o recomeço da vida na Terra.

Era celebrado o equilíbrio perfeito entre a dia e a noite; ambos têm 12 horas de duração. A própria palavra equinócio deriva do latim aequus (igual), com nox (noite). Os dias começam agora a ser maiores do que as as noites, a luz tem uma presença mais forte do que a escuridão.

Assim, a Primavera simboliza um período de equilíbrio, cura, esperança e renovação.

Primavera: o ritual de renovação segundo os Celtas

A Primavera é uma época em que ocorre o florescimento de várias espécies de plantas. Na agricultura, é o período indicado para as sementes serem plantadas, iniciando um novo processo de crescimento. Segundo os Celtas, Ostara era a deusa invocada nos rituais de celebração. Esta divindade era o símbolo de fertilidade e renascimento, nas mitologias anglo-saxónica, nórdica, germânica e alemã.

A deusa Ostara está intimamente ligada à Natureza, incluindo os seus fluxos de energia. Os símbolos mais conhecidos desta divindade é a lebre e os ovos. É aqui que surge a relação entre os símbolos pagãos deste “renascimento primaveril”, com a Páscoa cristã, a também “ressurreição de Cristo”.

Prosperidade e fertilidade são conceitos também associados a esta deusa e ao período do ano em questão. A terra está preparada para receber novas sementes. O equinócio é um momento de união e igualdade entre essas as forças da natureza. O momento ideal para fortalecer a energia da união entre os opostos.

Como celebravam os Celtas, a Primavera?

Neste dia sagrado, era costume antigo dos druidas, acender fogueiras ao nascer do sol. Na tradição, as fogueiras de Ostara eram acesas no alto das montanhas, pois acreditava-se que dessa forma seriam mais facilmente abençoadas pelo sol e que a luz contribuía para tornar a terra mais fértil.

Os símbolos mais clássicos de Ostara são as flores, o leite, a lebre ou o coelho e os ovos coloridos. Todos símbolos da fertilidade e da reprodução. Nestes rituais de boas-vindas à nova estação, os ovos eram pintados com vários desenhos, cores e símbolos mágicos, e colocados no altar de celebração.

O leite representa o alimento necessário para o desenvolvimento da vida, e a lebre ou coelho representam a fertilidade, porque este animal tem períodos de gestação de 28 dias. um ciclo lunar. As flores representam o ressurgimento da vida e a beleza da natureza.

As flores, leite, e certos alimentos, eram oferecidos à deusa Ostara, numa celebração da fertilidade, alegria, esperança, renovação, harmonia e equilíbrio. O momento ideal para agradecer e celebrar a beleza da vida e da natureza.

 

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Júlia Rocha

Gestora e criadora de conteúdos para marcas, com paixão por grandes histórias. Nunca sai de casa sem papel e caneta, e adora longas viagens.