O Hemisfério Norte recebe hoje o Solstício de Inverno, ou seja, o dia mais curto do ano. Entramos assim na estação mais fria do ano e os dias começam a crescer.
No calendário celta existem oito rituais sagrados de luz que ocorrem durante o ano, um deles é o Solstício de Inverno, que, em 2020, começa em 21 de dezembro. Também conhecido como Ritual de Inverno, Alban Arthan e Rito de Yule, o Solstício de Inverno marca o dia mais curto do ano e, consequentemente, a noite mais longa.
O fenómeno marca o início do Inverno no hemisfério norte. Aqui permaneceremos até ao equinócio da Primavera, que acontece só em março. É curioso conhecer algumas curiosidades ligadas a este dia, que muitos povos já encararam como celebração. Está inclusivamente relacionada, com o facto de celebrarmos o Natal durante estes dias.
A palavra “solstício” deriva do latim “solstitium”, que se refere ao sol, e a “sistere”, que significa qualquer coisa como estar parado. Realmente, este termos advém do facto de a posição do sol no horizonte, ao meio-dia. Esta posição significa uma aproximação ou recuo, ao longo do ano, o que determinar as estações e as diferenças de temperatura. Hoje o sol vai num ponto central, mas longe da Terra. Ou seja, estamos perante o dia mais curto, com menos luz natural.
Hoje em dia, o solstício é encarado como um fenómeno astronómico, a partir da posição do espaço e da Terra em relação ao sol. Antigamente, as pessoas estavam focam a sua atenção na luz solar e no impacto na vida quotidiana e, sobretudo, na agricultura.
São muitas as tradições de povos antigos, ligadas ao solstício. Os Romanos dedicavam-no ao deus Saturno, pela sua relação à agricultura e à ligação a Capricórnio, na astrologia. As festividades saturninas ocorriam durante o solstício de inverno. Eram momentos de exagero por parte de todos os intervenientes, com muito álcool e outros prazeres à mistura.
Lentamente, foram sendo substituídas por outras tradições, incluindo as cristãs mais natalícias, após a queda do Império Romano. No entanto, é curioso notar como se mantêm no mesmo período temporal.
Os povos pagãos escandinavos e germânicos acreditavam que esta época do ano era símbolo de morte e renascimento. A morte da luz e as dificuldades passadas nos meses duros de inverno, tinham um grande impacto nas populações para as as quais o sol era o símbolo de vida e de alimento.
Sacrificavam-se animais e acendiam-se fogueiras, para aproveitar aquela que seria a última carne fresca, durante longos meses. Muitos encaravam este fenómeno como a morte do velho sol, e o renascimento do novo, que entrava assim na sua infância.
Sabia também que o monumento Stonhenge está alinhado com o pôr-do-sol, no dia de hoje? Mais uma prova da importância do sol nas vidas dos nossos antepassados, que ainda hoje é fundamental.