O ritual Yule de boas-vindas ao Sol data do alvorecer da civilização, quando as comunidades se reuniam para celebrar a vida com festas, música, dança, teatro e, acima de tudo, luz e fogo.
O mês de dezembro é a época mais escura do ano, dá-se o Solstício de Inverno, quando uma nova luz nasce do ventre do inverno. ‘Solstício’ significa ‘paralisação’ e refere-se aos três dias em torno de 21 de dezembro, quando o sol parece ‘parar’ ou nascer e se pôr no mesmo lugar. Durante essas noites longas e frias, a própria respiração da Terra parece vacilar em face da escuridão avassaladora. Então, imperceptivelmente no início, o sol começa sua longa jornada em direção ao sul, e toda a criação começa a exalar.
Enquanto hoje tendemos a pensar no Natal como um único dia ou evento de fim de semana, a maioria das culturas suspendeu a rotina normal de trabalho e celebrou por pelo menos doze dias. Na Roma antiga, o Solstício de Inverno era saudado com uma festa alegre e rebelde conhecida como Saturnália. No século II dC, eles também comemoravam o “Aniversário do Sol Invicto” em 25 de dezembro, um costume que se originou na Síria. Mais ao norte, os escandinavos celebravam “Yule”, um nome que poderia significar “roda” ou que possivelmente nos dá a palavra raiz para “alegre”.
A natureza exata das primeiras celebrações celtas não é conhecida porque no século IV d.C., a Igreja de Roma sobrepôs o antigo festival do nascimento do Sol com o nascimento do Filho. O verdadeiro aniversário de Cristo nunca foi certo, então, depois de muito debate, a antiga festa do solstício de inverno foi escolhida porque as pessoas estavam acostumadas a celebrar o nascimento de um deus / herói Sol nesta época do ano. Mesmo assim, os pais da Igreja tiveram que lembrar continuamente aos crentes que eles deveriam estar adorando o nascimento de Cristo, não o sol. Pois embora este feriado agora tivesse um novo nome, muitos dos mesmos costumes foram mantidos como haviam sido por milhares de anos, e pelo mesmo motivo: banir a escuridão e receber de volta a luz.
